Parte 2
Na parte 1 “Educação Nutricional: o papel dos pais” (postagem anterior) escrevi sobre as mudanças sociais e educacionais que influenciam o
perfil alimentar das crianças.
Dando continuidade escreverei como os pais podem
mudar a alimentação das crianças lembrando que, quanto antes começar, maiores
serão as chances de sucesso!!!
- Os pais são responsáveis pela escolha do alimento a ser
oferecido para criança. Não são os filhos que devem escolher o que comer no
jantar ou o que levar de lanche para escola!
- Ter regras e horários para alimentação. Um hábito muito simples
e que está se perdendo é reunir a família toda na hora das refeições. É
fundamental ensinar que lugar de comer é à mesa, sem televisão e que é educado
permanecermos à mesa enquanto tiver alguém comendo, ou seja, de nada adiantará
engolir a comida para assistir o desenho!
- Aproximar a criança dos alimentos deixando com que ela participe da escolha dos vegetais na frutaria, pedindo que ela ajude na higienização ou mesmo permitindo que as crianças comam com as mãos!! Este contato é o primeiro passo para que a criança perca o “medo” do alimento e experimente-o.
- Não oferecer alternativas alimentares quando a criança se
recusar a comer! É inadmissível dar um pacote de biscoito ou uma mamadeira
porque a criança não quer almoçar... preparar um macarrão instantâneo porque a
criança não quer o arroz com feijão... ou então preparar um bife porque ela não
quer o peixe!
A criança deve comer o que a família come!
- A fome é um excelente estímulo para novas tentativas
alimentares. Esta dica reforça a
anterior, afinal se a criança recusar a refeição ela ficará com mais fome e com
certeza será mais fácil aceitar a próxima refeição, afinal sempre ouvi que “em
casa que tem comida criança não morre de fome!”
- Oferecer o mesmo alimento com formas de preparo diferentes.
Qualquer pessoa pode não aceitar a beterraba cozida, mas adorar um suco de
laranja com beterraba, por exemplo! Estudos mostram que é fundamental a oferta
diária de vegetais no prato das crianças pois mesmo que ela não coma ela
aprende que aquele alimento faz parte da alimentação saudável. Aliás, qual a
chance do seu filho provar o tomate se ele nunca é colocado em seu prato??
- Não interferir, NUNCA, na resposta da criança a determinadas
situações e/ou alimentos. Exemplificando é comum alguém oferecer um alimento à
criança e o adulto responder “ela não gosta” ou “credo, isso é muito ruim”.
Deixe que seu filho responda por ele mesmo!!
E agora a dica mais importante:
- Dar exemplo!!! Seu filho nunca vai comer fruta se ele não ver
que seus pais também comem!!
Gosto muito de uma frase do Augusto Cury: “Nada é tão injusto como
produzir um ser humano doente para depois tratá-lo”.
Se o seu filho tiver uma
boa educação alimentar em casa ele nunca precisará de reeducação alimentar
quando adolescente ou adulto!
Na próxima terça o assunto será: por que a criança que sempre comeu de tudo está ficando seletiva??
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