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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Educação nutricional: o papel dos pais

Parte 1


A alimentação saudável é essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde, e dentre os vários tipos de educação que uma criança precisa está a Educação Nutricional. 

A infância é a principal fase de formação de hábitos alimentares, e é papel dos pais educar e dar bons exemplos à mesa.
Costumo dizer aos meus pacientes que obrigação de pai e mãe é ensinar a comer arroz, feijão, saladas, carne, frutas... porque guloseimas como doces e refrigerantes seu filho aprenderá sozinho!

Você já parou pra pensa nas diferenças alimentares de uma criança criada na década de 60, uma criança criada na década de 80 e uma criança criada nos dias atuais?!

- Pare e pense se você conhece alguém com mais de 50 anos que não coma nenhum tipo de verdura, legume ou fruta...

- Pense nas pessoas com a faixa etária dos 30 anos: na pior das hipóteses comem o básico tipo o alface, tomate e cenoura, banana, maçã e a laranja.

- Agora pense nas crianças de hoje... Ficamos encantados com crianças que aceitam comer saladas e frutas!

Afinal, o que mudou nos últimos anos?? Quem mudou nos últimos anos, pais ou filhos???

As mudanças foram diversas a começar pelo tipo de educação que os pais dão para os seus filhos hoje... a permissividade é muito maior e o limite quase inexistente em muitas famílias!
Há alguns anos era inadmissível sentar à mesa e dizer “não gosto de feijão”! Hoje são crianças de 3 anos que escolhem o que vão comer.

Este perfil educacional atual é conseqüência de mudanças sociais como a solidificação da mulher no mercado de trabalho e a vida estressante e corrida dos dias atuais, o que reduz muito o tempo livre dos pais com seus filhos e com este tempo tão reduzido é “melhor” optar por horas agradáveis a ter que enfrentar o pequeno e fazê-lo comer o que não quer!
Aliás, com tão pouco tempo é comum que a culpa apareça e uma compensação fácil é a oferta de guloseimas que as crianças tanto gostam!

Outro ponto decisivo na mudança de hábitos alimentares é a ausência de exemplos à mesa já que a reunião familiar para as refeições está cada dia mais rara... E a cozinha?  Esta virou enfeite na maioria das casas onde os alimentos industrializados predominam e onde os adultos preferem passar na padaria e trazer alimentos prontos para o jantar!

Finalmente sabemos que a maioria dos pais não consegue aceitar quando o filho diz: “Não estou com fome e não vou comer”. E aí começa uma sucessão de erros onde a criança percebe o quanto é importante para os pais que ela faça todas as refeições oferecidas e começa a usar isso a seu favor como mostra a tabela abaixo:

 O que os pais costumam fazer:
O que os filhos fazem:
Chantagem – prometem recompensas
Passam a usar a comida para conseguir o que desejam
Troca – trocam o arroz com feijão por alimentos de fácil aceitação como biscoitos
Passam a exigir os alimentos que preferem
Diversão – fazem aviãozinho, permitem a TV
Passam a exigir mais porque as brincadeiras perdem a graça
Banquete – perguntam à criança o que ela quer comer e só oferecem o que ela aceita
Ficam cada vez mais seletivos e passam a decidir o cardápio da família
Prêmio – oferecem recompensas pouco nutritivas após alimentos saudáveis
Esperam algo em troca a cada mordida na maçã

Quer saber como mudar esta realidade!?
Na próxima terça farei outra postagem sobre alimentação infantil e escreverei sobre este assunto!!

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