Parte 1
A alimentação saudável é essencial
para o crescimento, desenvolvimento e manutenção da saúde, e dentre os vários tipos de educação que uma
criança precisa está a Educação
Nutricional.
A infância
é a principal fase de formação de hábitos alimentares, e é papel dos pais educar e dar bons exemplos à mesa.
Costumo
dizer aos meus pacientes que obrigação de pai e mãe é ensinar a comer arroz,
feijão, saladas, carne, frutas... porque guloseimas como doces e refrigerantes
seu filho aprenderá sozinho!
Você já
parou pra pensa nas diferenças alimentares
de uma criança criada na década de 60,
uma criança criada na década de 80 e
uma criança criada nos dias atuais?!
- Pare
e pense se você conhece alguém com mais de 50 anos que não coma nenhum tipo de
verdura, legume ou fruta...
- Pense
nas pessoas com a faixa etária dos 30 anos: na pior das hipóteses comem o
básico tipo o alface, tomate e cenoura, banana, maçã e a laranja.
- Agora
pense nas crianças de hoje... Ficamos encantados com crianças que aceitam comer
saladas e frutas!
Afinal,
o que mudou nos últimos anos?? Quem mudou nos últimos anos, pais ou
filhos???
As
mudanças foram diversas a começar pelo tipo
de educação que os pais dão para os seus filhos hoje... a permissividade é muito maior e o limite quase inexistente em muitas
famílias!
Há
alguns anos era inadmissível sentar à mesa e dizer “não gosto de feijão”! Hoje
são crianças de 3 anos que escolhem o que vão comer.
Este
perfil educacional atual é conseqüência de mudanças sociais como a
solidificação da mulher no mercado de
trabalho e a vida estressante e
corrida dos dias atuais, o que reduz muito o tempo livre dos pais com seus
filhos e com este tempo tão reduzido é “melhor” optar por horas agradáveis a
ter que enfrentar o pequeno e fazê-lo comer o que não quer!
Aliás,
com tão pouco tempo é comum que a culpa
apareça e uma compensação fácil é a oferta de guloseimas que as crianças
tanto gostam!
Outro
ponto decisivo na mudança de hábitos alimentares é a ausência de exemplos à mesa já que a reunião familiar para as
refeições está cada dia mais rara... E a cozinha? Esta virou enfeite na maioria das casas onde os alimentos industrializados
predominam e onde os adultos preferem passar na padaria e trazer alimentos
prontos para o jantar!
Finalmente
sabemos que a maioria dos pais não consegue aceitar quando o filho diz: “Não
estou com fome e não vou comer”. E aí começa uma sucessão de erros onde a
criança percebe o quanto é importante para os pais que ela faça todas as
refeições oferecidas e começa a usar isso a seu favor como mostra a tabela
abaixo:
O que os pais costumam fazer:
|
O
que os filhos fazem:
|
Chantagem – prometem recompensas
|
Passam
a usar a comida para conseguir o que desejam
|
Troca – trocam o arroz com feijão por
alimentos de fácil aceitação como biscoitos
|
Passam
a exigir os alimentos que preferem
|
Diversão – fazem aviãozinho, permitem
a TV
|
Passam
a exigir mais porque as brincadeiras perdem a graça
|
Banquete – perguntam à criança o que
ela quer comer e só oferecem o que ela aceita
|
Ficam
cada vez mais seletivos e passam a decidir o cardápio da família
|
Prêmio – oferecem recompensas pouco
nutritivas após alimentos saudáveis
|
Esperam
algo em troca a cada mordida na maçã
|
Quer
saber como mudar esta realidade!?
Na próxima terça farei outra postagem sobre
alimentação infantil e escreverei
sobre este assunto!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário